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O Poder de Não Acreditar

Ligia Koijen Ramos

Por Lígia Koijen Ramos
Filósofa e mentora. Especialista em comunicação e relacionamentos. Proprietária da In2motivation e fundadora da Peter Koijen Foundation.

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Porque desafiar crenças é uma estratégia transformadora

Os sistemas de crenças são fundamentais na forma como navegamos pelo mundo. Influenciam as nossas decisões, comportamentos e até os nossos relacionamentos. Mas, e se eu lhe dissesse que, por vezes, não acreditar pode ser uma das estratégias mais poderosas para o crescimento pessoal, sucesso profissional e bem-estar emocional? Este conceito é o cerne da minha filosofia de ensino: incentivo os meus alunos a desafiarem as suas próprias crenças e a questionarem partes das histórias dos seus clientes. Agora, desafio-o a si a fazer o mesmo. Deixe-me explicar porquê.


A neurologia de não acreditar

Quando escolhe não acreditar, coisas fascinantes acontecem no seu cérebro:

  1. Ativação do pensamento crítico: Rejeitar uma crença envolve o córtex pré-frontal dorsolateral (DLPFC), o que melhora a sua capacidade de análise e pensamento crítico. Isso ajuda a separar factos de suposições, abrindo caminho para uma compreensão mais profunda e uma melhor tomada de decisões.
  2. Redução do viés cognitivo: As crenças são frequentemente moldadas por experiências, emoções e normas sociais. Ao questioná-las ativamente, enfraquece o domínio dos vieses cognitivos e abre-se a novas perspetivas. Neurologicamente, essa reconexão fortalece a adaptabilidade e a capacidade de crescimento do seu cérebro.
  3. Introspeção fortalecida: Quando deixa de acreditar cegamente, ativa a rede de modo padrão (DMN), responsável pela autorreflexão. Esta introspeção permite reavaliar os seus valores e alinhar as suas ações com o seu verdadeiro eu.
  4. Respostas emocionais e físicas: A descrença pode gerar stresse ou alívio, dependendo do contexto. Se rejeitar uma crença entrar em conflito com normas sociais, a amígdala pode ativar uma resposta de stresse. No entanto, se estiver alinhada com os seus valores, a libertação de dopamina promove um sentimento de empoderamento e tranquilidade.

 


Por que ensino os meus alunos a desafiar as suas crenças?

Uma das primeiras coisas que enfatizo aos meus alunos é a importância de desafiarem as suas próprias crenças. Porquê? Porque o crescimento não acontece no conforto da certeza. Eis como esta prática os transforma:

  • Libertação das limitações: As crenças são, muitas vezes, herdadas ou moldadas por influências externas. Quando os meus alunos as questionam, libertam-se de paradigmas limitantes e desenvolvem uma mentalidade curiosa, adaptável e aberta à mudança.
  • Aumento da empatia: Ao desafiar as suas próprias crenças, os alunos aprendem a ter empatia por perspetivas com as quais podem não concordar. Isto é crucial em profissões como o coaching, a terapia ou a liderança, onde compreender os pontos de vista dos outros é essencial para construir confiança e conexão.
  • Construção de inteligência emocional: O ato de questionar crenças fortalece a inteligência emocional, melhorando a autoconsciência e a capacidade de navegar em dinâmicas interpessoais complexas.

 


Por que aconselho os alunos a desacreditar em partes das histórias dos seus clientes?

Em contextos de coaching ou terapia, os clientes apresentam frequentemente narrativas profundamente enraizadas sobre si mesmos e os seus problemas. Embora seja importante validar as suas experiências, também é essencial desacreditar em partes das suas histórias. Aqui está o porquê:

  1. Histórias são filtros, não verdades: As histórias dos clientes são moldadas pelas suas emoções, preconceitos e experiências passadas. Ao desafiar essas narrativas, ajuda-os a ver para além das suas limitações e a descobrir novas possibilidades.
  2. Incentivo à responsabilização: Por vezes, as histórias dos clientes perpetuam uma mentalidade de vítima. Desacreditar em partes da sua narrativa incentiva-os a assumir responsabilidade e a focarem-se naquilo que podem controlar.
  3. Facilitação de avanços: Muitas vezes, as partes da história às quais os clientes mais se apegam são exatamente aquelas que os mantêm presos. A descrença cria espaço para interpretações alternativas, permitindo avanços significativos e transformadores.

 


Porque não acreditar pode ser uma excelente estratégia para si

Agora, vamos inverter a perspetiva: por que razão deve aplicar esta estratégia na sua própria vida?

  • Desafiar o status quo: Não acreditar em normas ou “regras” amplamente aceites pode libertá-lo das pressões e expectativas sociais. Isto permite-lhe criar uma vida que esteja alinhada com os seus valores, em vez de padrões externos.
  • Fortalecer a resiliência: Quando não acredita num “problema” ou recusa aceitá-lo como algo intransponível, capacita-se para encontrar soluções. Esta mentalidade promove resiliência e otimismo.
  • Reformular a sua identidade: Ao não acreditar em partes da sua própria história, cria uma oportunidade para reescrever a sua narrativa. Pode abandonar crenças limitantes, abraçar os seus pontos fortes e redefinir quem é.

 


O poder reflexivo da descrença

Não acreditar não é rejeitar tudo — é escolher no que acreditar com intenção e consciência. Neurologicamente, esta prática reprograma o seu cérebro para o crescimento, a adaptabilidade e a clareza. Fisicamente, pode reduzir o stresse, aumentar a resiliência e melhorar a sua saúde geral.


Ao desafiar as suas crenças e histórias, abre-se ao poder transformador da descrença consciente — uma prática que não só liberta, como também potencia o seu verdadeiro potencial.

 

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Programa – PNL – Chunking-Up


2MIGUEL FERREIRA
Advanced Master, Practitioner e Trainer em Programação Neurolinguística

Psicopedagogo, Consultor Empresarial, Executive e Life Coach

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