Acerca da teoria das partes, um dos temas fundamentais da pnl – programação neurolinguística, existe uma metáfora fabulosa:
Há muito tempo atrás… depois do mundo ter sido criado e da vida completá-lo. Numa tarde de céu azul e calor ameno, Deus estava sentado à sobra de uma bela árvore, quando vindo das nuvens um de seus muitos arcanjos desceu e veio na sua direção.
Ele tinha asas lindas… brancas, imaculadas. Ajoelhou-se aos pés de Deus e perguntou:
“Senhor… visitei a sua criação como pediu. Fui a todos os cantos. Estive no sul, no norte. No leste e oeste. Vi e fiz parte de todas as coisas. Observei cada uma das suas crianças humanas. E por ter visto, vim até ao Senhor… para tentar entender. Porquê? Porquê cada uma das pessoas sobre a terra tem apenas uma asa? Nós anjos temos duas… podemos ir até ao amor que o Senhor representa sempre que desejarmos. Podemos voar para a liberdade sempre que quisermos. Mas os humanos com a sua única asa não podem voar. Não podem voar com apenas uma asa.
Deus na brandura dos gestos, respondeu pacientemente ao seu anjo.
— Sim… eu sei disso. Sei que fiz os humanos com apenas uma asa…”
Intrigado, com a consciência absoluta do seu Senhor o anjo queria entender e perguntou:
—Mas porque é que o Senhor deu aos homens apenas uma asa quando são necessárias duas asas para se poder voar. Para se poder ser livre?”
Conhecedor que era de todas as respostas, Deus não teve pressa para falar.
Pacientemente Deus contemplava o horizonte. Então, respondeu:
— Eles podem voar sim meu anjo. Dei aos humanos apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor que Eu ou vocês, meus arcanjos… Para voar, meu amigo, você precisa das suas duas asas… Embora livre, sempre estará sozinho. Talvez da mesma maneira que Eu… Mas os humanos… os humanos com a sua única asa precisarão sempre dar as mãos para alguém para que possam ter as suas duas asas. Cada um deles tem na verdade um par de asas… uma outra asa em algum lugar do mundo que completa o par.
Assim eles aprenderão a respeitarem-se pois ao quebrar a única asa da outra pessoa, podem estar a acabar com as suas próprias hipóteses de voar. Assim meu anjo, eles aprenderão a amar verdadeiramente a outra pessoa… aprenderão que somente permitindo-se a amar, poderão voar. Tocando a mão de outra pessoa num abraço correto e afetuoso eles poderão encontrar a asa que lhes falta… e poderão finalmente voar. Somente através do amor irão chegar até onde estou… assim como você meu anjo. E eles nunca… nunca estarão sozinhos quando forem voar.”
Deus silenciou-se seu sorriso. O anjo compreendeu o que não precisava ser dito.
Desta forma, espero que um dia todos encontremos a nossa outra asa… Para finalmente poder voar.
Uma das formas de conhecer essa capacidade de “voar” é através da formação em Programação Neurolinguística.