Os valores são princípios que orientam e motivam o nosso comportamento. Mas nem sempre os nossos valores são realmente nossos…
Em crianças, herdamos valores das nossas famílias.
Em jovens adultos, adotamos os valores dos nossos amigos e das figuras que admiramos.
E na meia-idade, e depois dela, muitas vezes continuamos agarrados aos valores dos nossos “eus” mais jovens.
Isto não significa que todos os valores herdados sejam irrelevantes ou inúteis — mas muitos podem ser. E, se não refletirmos sobre eles, corremos o risco de continuar a carregar valores que já não nos servem ou que até interferem ativamente com a vida que queremos viver.
Na verdade, um número surpreendente de lutas emocionais — desde a ansiedade e a procrastinação até à depressão e ao esgotamento — resulta frequentemente de conflitos de valores não reconhecidos.
As perguntas seguintes podem ajudá-lo(a) a refletir sobre quais são os seus valores pessoais e de que forma estes o(a) servem. Lê-las é um bom começo, mas para tirar o máximo proveito, dedique alguns minutos a escrever os seus pensamentos, memórias e experiências sobre cada uma delas e, depois, pergunte-se o que revelam sobre os seus valores.
1. Quando foi um momento em que se sentiu profundamente orgulhoso(a) de si próprio(a)?
O que fez, especificamente, que o(a) levou a sentir esse orgulho?
A emoção do orgulho é um excelente indicador de que estamos a viver de acordo com os nossos valores.
A culpa, por outro lado, é um sinal de que as nossas ações estão desalinhadas com eles.
2. Quem é o seu “tipo de pessoas”? Quais são as três palavras que melhor os descrevem?
Por exemplo: As minhas pessoas são GENUÍNAS, AMBICIOSAS e CUIDADOSAS.
Ou: As minhas pessoas são GENTIS, DIVERTIDAS e AVENTUREIRAS.
As qualidades das pessoas que mais admira e com quem gosta de estar são frequentemente um reflexo dos seus valores mais profundos.
3. Que virtude considera estar em falta no mundo atual?
Se toda a gente fosse um pouco mais __________________, o mundo seria um lugar muito melhor.
Tente pensar fora da caixa nesta pergunta.
Qual seria a sua resposta, se quisesse surpreender os outros?
(inspirado por Nan Wignall)
4. Em que situações é mais provável que sinta raiva?
Qual é o problema ou causa pela qual estaria disposto(a) a discordar seriamente, mesmo que isso tivesse custos elevados?
As emoções associadas à raiva são muitas vezes a forma que o nosso cérebro tem de nos dizer que algo está desalinhado — e que precisa de ser corrigido. Isso costuma sinalizar uma violação de valores.
5. Pense num momento difícil da sua vida: o que é que mais sentiu faltar?
Há um velho ditado:
“Nunca deixes uma boa crise ser desperdiçada.”
As crises, de qualquer tipo, são sempre oportunidades para refletir sobre os nossos valores:
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Uma cirurgia importante é uma oportunidade para refletir sobre quais os valores relacionados com a saúde que mais importam para nós.
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Uma separação ou divórcio é uma oportunidade para pensar sobre os valores relacionais mais significativos.
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Um fracasso profissional é uma oportunidade para refletir sobre os valores que orientam o nosso trabalho.
6. Se tivesse 10 milhões de euros para doar, o que faria com eles?
Existem milhares de formas de ser útil, mas qual é a causa, grupo ou necessidade específica que mais o(a) inspira?
A forma como gosta de ser útil é uma janela subestimada para compreender os seus valores.
7. Qual foi um sacrifício difícil que fez e que poderia facilmente ter evitado?
E o inverso também é útil:
Qual é o sacrifício que evitou e que, em retrospetiva, gostaria de ter feito?
8. Qual foi a melhor equipa ou grupo de que já fez parte — e o que o tornou especial?
Pode ter sido uma equipa desportiva, um grupo musical, uma equipa de trabalho, um grupo de estudo, um clube de leitura, um grupo religioso ou de apoio, etc.
Quais foram os dois valores que essa equipa ou grupo representava acima de tudo?
9. Quem é alguém que admira, mas cuja vida não gostaria de ter?
Esta pergunta é interessante porque toca nos valores e nos anti-valores.
Se os valores o(a) ajudam a seguir o caminho certo, os anti-valores funcionam como sinais de aviso — a lembrar-nos do caminho que não queremos seguir.
10. Que atividades ou situações o(a) fazem sentir-se mais como si próprio(a)?
Muitos de nós esforçamo-nos tanto para “melhorar” que acabamos por perder o contacto com o que já nos torna únicos, interessantes e admiráveis.
Esta pergunta ajuda a distinguir entre valores reais e valores aspiracionais — os que realmente vive, e os que apenas gostaria de viver.
Fonte: https://nickwignall.com/
Bem hajam,
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