Porque é que algumas pessoas parecem sempre tão calmas e zen, enquanto o resto de anda constantemente frenético, stressado e sobrecarregado?
É evidente que tudo — desde os fatores de stresse do quotidiano até à nossa genética — pode influenciar o nosso estado mental. No entanto, há algo fundamental que muitas pessoas ignoram: é possível desenvolver uma mente mais tranquila através da criação de hábitos mais saudáveis.
As pessoas genuinamente calmas não são necessariamente mais sortudas ou naturalmente tranquilas. Na maioria dos casos, cultivaram rotinas mentais e comportamentais que as ajudam a manter a serenidade mesmo quando tudo à sua volta parece desmoronar.
Se pretende tornar-se uma pessoa mais calma, considere adotar os seis hábitos seguintes:
1. Mantêm as expectativas sob controlo
Expectativas podem parecer inofensivas, mas muitas vezes funcionam como defesas subtis contra o medo da incerteza e da impotência. Quando criamos histórias mentais sobre como as coisas “deviam ser”, ganhamos uma falsa sensação de controlo. No entanto, quando a realidade não corresponde a essas narrativas, surgem a frustração, a ansiedade e o desânimo.
As pessoas calmas preferem encarar a realidade tal como ela é, em vez de se agarrarem a ideais irrealistas. Com isso, evitam deceções constantes e desenvolvem uma relação mais estável com o presente.
2. Assumem responsabilidade pelas ações, não pelos resultados
Um dos segredos das pessoas calmas é que não tentam controlar aquilo que está fora do seu alcance. Elas sabem que o resultado final raramente depende apenas de si.
São responsáveis por educar os filhos da melhor forma, mas não por tudo o que os filhos se tornam. Estudam com empenho, mas aceitam que nem sempre terão a nota desejada. Prepararam-se bem, mas sabem que a reação dos outros não está sob o seu controlo.
Assumem, assim, total responsabilidade pelas suas ações — e apenas por elas. Isso liberta-as de culpas injustas e ajuda a manter o equilíbrio emocional.
3. Abraçam a alegria de perder
Num mundo dominado pelo medo de perder oportunidades, as pessoas calmas seguem na direção oposta: adotam a alegria de perder.
Valorizam o bem-estar, o descanso, os seus valores e compromissos pessoais, mesmo que isso implique recusar convites ou experiências que parecem imperdíveis.
Compreendem que sacrificar prazeres imediatos em nome de objetivos a longo prazo traz muito mais satisfação e serenidade.
4. Estabelecem limites saudáveis
Dizer “não” é um ato de autocuidado. Pessoas calmas não tentam agradar a todos nem assumem responsabilidades que não são suas.
Reconhecem que dececionar alguém é, por vezes, inevitável — mas isso não significa serem más pessoas.
Sabem que só podem cuidar verdadeiramente dos outros quando cuidam primeiro de si mesmas. E isso implica estabelecer limites claros e defendê-los com firmeza e empatia.
5. Controlam os pensamentos, não os sentimentos
As emoções não são algo que se possa ligar ou desligar. Não podemos simplesmente “escolher” não estar tristes, ansiosos ou irritados.
Pessoas calmas não tentam suprimir as emoções, mas ajustam os pensamentos que as alimentam. Validam o que sentem e escolhem responder de forma consciente.
Ao cultivar uma relação saudável com os próprios sentimentos — sem os negar, julgar ou dramatizar — conseguem atravessar momentos difíceis com muito mais equilíbrio.
6. Cercam-se de pessoas que apoiam
O ambiente social tem um impacto direto na nossa saúde mental.
Pessoas calmas são seletivas com quem permitem na sua vida. Evitam relações tóxicas e alimentam ligações saudáveis, com pessoas que as respeitam, inspiram e apoiam.
Sabem que a paz de espírito não é apenas uma conquista interior, mas também o reflexo das conexões à sua volta.
Construir uma mente tranquila é um processo. Não acontece da noite para o dia, mas é totalmente possível através da repetição e da consistência.
Comece devagar, com um hábito de cada vez. Quanto mais cultivar estas práticas, mais sentirá os efeitos: uma vida mais leve, mais centrada, mais calma.
Bem hajam.
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