Nos tempos que correm, a adaptação é inevitável, alias, o ciclo da vida é ele próprio uma adaptação mudança, o que por vezes faz com que a nossa experiência do dia-a-dia, seja mais ou menos boa ou não, dependendo da realização daquilo que é importante para cada um de nós.
Como muito poucas coisas estão sobre o nosso total controlo, somos diariamente submetidos as intempéries, que por vezes nos abalam profundamente, dependendo da nossa capacidade de adaptação á mudança.
Pessoas há, que tudo fazem para que a vida lhes corra de feição, e não é que não tenham direito a lutar por isso, alias, tenho exactamente defendido este aspeto nos artigos anterior, a importância que é saber exatamente aquilo que se quer, quando e com quem.
O problema surge quando por alguma razão a vida não lhes corre da maneira pretendida, simplesmente porque não tem que ser assim, da maneira como idealizaram.
Tal como Darwin menciona, subsiste a espécie que melhor responde às mudanças e para tal é preciso estar preparado, com uma boa capacidade de análise dos factores externos e sintomas internos, não se deixando levar por interpretações excessivamente dramáticas, nem por comédias exageradamente lunáticas, pois a experiência neste planeta é um “caos”, tudo pode acontecer e começam a haver cada vez mais pessoas a conseguirem viver bem nesse “caos” que é a vida… e se possível tirar partido disso.
Normalmente construímos um modelo do mundo com base nas nossas lógicas e necessidades, o que por vezes não é funcional, e ai temos um problema de ordem mental que poderá levar a desordens emocionais.
Será de todo importante por em causa a nossa forma de interpretar a realidade, relativizando a nossa perceção do mundo, com a tal flexibilidade necessária para entender que as coisas nem sempre correm da maneira que desejamos e que podemos sempre persistir para que possamos realizar os nossos objetivos.
Tenho tido o prazer de constatar nestes últimos anos, por experiência própria e em contacto com inúmeros casos clínicos, em que a resistência à mudança é pois o principal fator que nos leva a desenvolver qualquer problema de ordem psicológica, e a propósito disto, lembro-me daquela história em que “o discípulo de um Filósofo Mestre, foi ter com ele ao leito da sua morte, para se despedir e pudesse saber algo mais, e perguntou-lhe:
Além de tudo o que me deste, pois fui discípulo de sorte, teus ensinamentos, tua sabedoria, que mais de ti poderei aprender?
Então, o sábio, abriu a sua boca, e perguntou: consegues ver a minha língua?
Sim Mestre!
Consegues ver os meus dentes?
– Não Mestre!
E foi assim que prosseguiu: Sabes porque os não vistes? Sabes porque dura a língua mais tempo? Porque esta é flexível, mole como a água, mutável como o vento. Os dentes, por sua vez, são duros… Com isto, nada mais te tenho a ensinar… vai pela vida, e não te esqueças de… Amar.”
A palavra chave é pois o entusiasmo para perceber este facto da vida e a flexibilidade para aprender a viver neste mundo de interacções (in)constantes.
Espero com esta mensagem, passar de forma simples, a importância duma habilidade qualquer criança possui, e que nós por incorporarmos também essa idade, facilmente poderemos activa-la e reactiva-la nos outros.
“Não é a mais forte das espécies que sobrevive nem a mais inteligente, mas aquela que melhor responde às mudanças.” Charles Darwin
Para desenvolver estas habilidades de competências de adaptação faça uma das nossas formações – clique aqui!
Bem hajam. Boas adaptações.
MIGUEL FERREIRA
Consultor | Formador | Advanced Master, Practitioner e Trainer em Programação Neurolinguística
Licenciado em Psicopedagogia, Especializado em Psicologia Clínica e da Saúde
Executive e Life Coach