Os desafios da “Viagem do Herói”.
Com os recursos do Self Generative, a pessoa está pronta para enfrentar os desafios rigorosos da Viagem do Herói, originária de Joseph Campbell, uma analogia a diversas situações pelas quais todos passamos na vida e que encontramos em inúmeras culturas.
O objetivo desta viagem é a evolução da consciência do viajante (herói), e dessa forma dar significado e sentido à sua existência.
Stephen Giligan e Robert Dilts, sintetizaram em 8 tarefas/etapas fundamentais a Jornada do Herói, que são utilizados nos seus programas.
1. Escutar o “apelo”
– Relaciona-se com a nossa identidade, propósito da vida ou missão. – Frequentemente representam pontos de transição nas nossas vidas. – Surgem como resultado das circunstâncias na mudança da vida e geralmente são bastante desafiadores. – Geralmente envolvem uma expansão ou evolução da nossa identidade. – Vêm dos vários campos que nos rodeiam e frequentemente têm um caráter arquetípico profundo. Tarefa: – Desenvolver habilidades de conscientização de campo; – Abertura para o campo generativo para gerir deixar-se guiar pelo “apelo”.
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Podem vir de muitas formas
Representam pontos de transição nas nossas vidas. – Tornando-se pai; – mudando de emprego; – recuperação duma doença grave; – produção de um trabalho criativo; – Entrada numa nova etapa da vida, etc., |
2. Aceitar o “apelo”
– Leva-nos a confrontar uma fronteira(s) nas nossas habilidades ou mapas existentes do mundo; – Podemos aceitar ou tentar ignorar o “apelo”; – Recusar o “apelo”, poderá levar à formação ou intensificação de problemas ou sintomas na nossa vidas, precipitando crises que não podemos ignorar. – Comprometer-se com o “apelo” envolve ser capaz de recebê-lo no seu centro e manter um sentimento de conexão consigo mesmo e com campo á sua volta. Tarefa: – Trata-se aqui duma energia que se sente na zona da barriga ou coração, como que um toque para guiá-lo em cada momento, uma fonte de feedback para que saiba se está “no caminho” ou a afastar-se.
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Exemplo:
– uma mulher que cresceu numa família machista e orientada para o poder, sofreu muitos anos de doenças físicas até que um cancro de mama provasse ser um “despertador” para que reivindicasse mais completamente e desenvolvesse o seu apelo para as tradições da sabedoria feminina. |
3. Atravessar a fronteira
– Impulsiona-nos para uma nova vida, “território” fora da nossa zona de conforto. – Obriga a crescer e evoluir, e a encontrar apoio e orientação. – Esta fronteira é geralmente um “ponto de não retorno” (uma vez em frente, não podemos voltar ao modo como as coisas costumavam ser). – Devemos avançar para o desconhecido. Tarefa: – Centrar-se e abrir-se para o campo; – Procurar suporte para que possamos ultrapassar os medos e hesitações que possam surgir.
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Exemplo:
– Muitas vezes, as fronteiras são representados por “dupla ligação”, ou seja, qualquer escolha que façamos, o status quo antigo não pode ser mantido. – Ex: alguém que quer “ser independente”, adota uma estratégia que o leva a uma profunda solidão; aqui o medo e a compreensão limitada de “ser dependente” poderão torna-se inaceitáveis.
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4. Encontrar guardiões (guias, mentor ou sponsor)
– Mentores ou patrocinadores é algo que muitas vezes vem naturalmente ao ter a coragem de cruzar a fronteira. – “Quando o aluno está pronto, o mestre aparece”. – “Guardiões” são os principais relacionamentos que desenvolvemos que nos ajudam a desenvolver habilidades, a acreditar em nós mesmos e a manter o nosso objetivo. – Embora a jornada do herói seja muito pessoal, não é algo que podemos fazer sozinhos. Tarefa (para encontrar guardiões): – Permanecer centrado e aberto ao campo; – Estar aberto e disponível para receber orientação e suporte em cada etapa da nossa viagem.
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Exemplo:
– Precisamos estar abertos e dispostos a receber suporte. Ex.: uma pessoa pode sentir outros que atravessaram com sucesso as viagens de heróis semelhantes e conectarem-se com esses modelos de maneiras diferentes. – Como o território para lá da fronteira é novo para nós, não podemos necessariamente saber qual o tipo de tutela que precisaremos antes do tempo ou quem serão esses guardiões. – Às vezes os guardiões virão de lugares surpreendentes.
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5. Enfrentar um desafio (demónio; dragão)
– É um resultado natural de cruzar uma fronteira. – “Demónio” geralmente é algo que parece opor-se, tentar ou negar-nos como heróis. – “Demónios” não são necessariamente maus. – É simplesmente um tipo de “energia” que precisamos aprender a lutar, aceitar e redirecionar. – Muitas vezes, são simplesmente um reflexo dos nossos próprios medos e sombras interiores. Tarefa: – Enfrentar os demônios requer todos os recursos do Eu Generativo: centralização, sponsorização e conexão ao Campo Generativo. – Encontrar um relacionamento com esse “outro negativo” que o transforma numa solução ou recurso. (Gilligan, 1997)
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Exemplos:
– Pode ser outra pessoa ou grupo; – Um vício ou sofrimento emocional; – Um evento traumático ou um desafio grave; – Confrontamos com o “patrocínio negativo”, mensagens provenientes de dentro de nós ou de outros significativos, que implicam: “Você não deveria estar aqui”, “Você não merece existir”, “Você é incapaz” “Você nunca será bom o suficiente”, “Você não é bem-vindo”, etc. |
6. Desenvolver novos recursos
(transformar o demónio em recurso ou conselheiro) – É necessário para lidar com a incerteza e transformar o “demônio”. – Os recursos ajudam-nos a atravessar a fronteira para um novo território e transformar o demônio; – Desenvolver flexibilidade e competências necessárias para viajar com sucesso nos novos territórios (internos e externos) e superar os obstáculos que surgem ao longo do caminho. Tarefa: – Recursos necessários – aumento da autoconsciência; – Aceder, integrar e equilibrar as “principais” energias arquetípicas ” – como força, ternura e brincadeira; – Evolução da consciência.
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Exemplo:
– A viagem do herói é um caminho de aprendizagem e auto-evolução. Recursos: crenças, habilidades, habilidades comportamentais e ferramentas que podemos implementar para lidar com a complexidade, incerteza e resistência. |
7. Concluindo a tarefa (do “apelo”)
– Encontrar uma maneira de cumprir o “apelo”; Tarefa: – Deve ser visto e reconhecido de alguma forma, e também ser um presente que é dado à comunidade.
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8. Regresso a casa
– Como pessoa transformada e compartilhar com outros o conhecimento e a experiência adquiridos como resultado da viagem. Tarefa: – Até que possamos trazer a nossa nova identidade para o mundo, a viagem não está completa; |
Exemplo:
– Deve ser visto e reconhecido de alguma forma, e também ser um presente que é dado à comunidade. |
Este é o momento certo. Aproveite a circunstância atual. Renove-se e adapte-se à vida!
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MIGUEL FERREIRA
Consultor | Formador | Advanced Master, Practitioner e Trainer em Programação Neurolinguística
Psicopedagogo, Especializado em Psicologia Clínica e da Saúde
Executive e Life Coach