Qualquer um de nós quer gerar mais oportunidades onde quer que seja que desempenhe um papel, pelo que vos desafio a praticarem mais estas expressões de delicadeza e empatia que o tornarão mais apreciado e consequentemente com maior qualidade de vida nas relações interpessoais, assim como também reforçam a autoestima do outro.
1. “Fico feliz por te ver”
Procure sempre ser gentil, elogiar e expressar um afeto mais profundo. Se encontra alguém de quem gosta, não se fique por um inócuo “olá”. Vá mais longe: diga “fico feliz por te ver” ou “fico sempre feliz por te ver”. Com esta expressão está a comunicar que a presença da outra pessoa não lhe é indiferente, que gosta dessa presença, que essa pessoa lhe evoca sentimentos de felicidade.
2. “Lembro-me que tu…”
Ao evocar uma situação ou atitude positiva do outro ocorrida no passado, está a comunicar e que se lembra dele, e a reforçar uma capacidade ou habilidade. É provável que a outra pessoa também se vá lembrar de qualquer coisa positiva a seu respeito que não tinha notado e até se surpreenda com algo que marcou os outros sem saber. Este “lembro-me que tu” ou “talvez não tenhas notado, mas” deve ser sempre seguido de uma coisa positiva e não negativa. É fundamental que esta apreciação seja realmente autêntica, verdadeira e sentida, para que dê o devido efeito.
3. “Estou impressionado!”
Esta expressão foca-se naquilo que a pessoa faz, ou acabou de fazer, e visa reforçar a auto-estima do outro, sendo mais indicada de usar com pessoas que acabaram de chegar a um novo local e trabalho, jovens estagiários, pessoas que parecem estar deslocadas ou isoladas dentro do grupo. Muitas vezes essas pessoas estão aflitas, envergonhadas, inseguras. Ser a suporte amigo, com um elogio, uma chamada de atenção positiva, vai fazer de si um bastante apreciado, e para tal basta apenas a gentileza.
4. “Eu acredito em ti”
Naturalmente todo nós podemos ter inseguranças e a melhor forma de ajudarmos é acreditando genuinamente nos outros, na força que existe em cada um de nós para superar os obstáculos. Por isso, usar o “eu acredito em ti” pode ser fundamental para uma criança ou um adolescente ultrapassarem um bloqueio na sala de aula, na família ou com os amigos. E é igualmente oportuno usá-lo com adultos, sobretudo quem tem cargos de chefia, quem está a lidar com um colega de trabalho menos ágil, quem está perante um amigo ou amiga que perdeu o emprego, ou o namorado, pode reforçar a autoestima dos outros com estas quatro palavras.
Este acreditar expressa uma confiança nas potencialidades do outro, vê as suas forças e destrezas até onde ele não consegue ver. Acreditar verdadeiramente nos outros pode ser o primeiro passo para acreditar em si mesmo.
5. “Vê só até onde já conseguiste chegar”
Esta expressão vem na linha da anterior, mas visa obrigar a outra pessoa a rever o seu percurso, ao mesmo tempo que demonstra que está atento a ela. Que registou os seus esforços, os seus sucessos, as suas conquistas. Dizer “vê só até onde já conseguiste chegar!” é, ao mesmo tempo, uma celebração do sucesso alheio.
6. “Gostava de saber o que pensas sobre…”
Na atualidade é tanta a ocupação e autosuficiência que é muito comum, que quase ninguém ouve ninguém, sendo que muitas vezes se gera apenas uma conversas de afirmações, onde cada um fala de si próprio. Perguntar a alguém “gostava de saber o que pensas sobre…” ou “gostava de ouvir a tua opinião sobre…” é uma forma de comunicar ao outro que o considera inteligente, idóneo para se pronunciar sobre um assunto qualquer. Esta pergunta acolhe o outro na sua vida, ou no grupo de trabalho, ou numa decisão familiar. Uma vez torna-se fundamental que seja feita com sinceridade e abertura.
7. “Conta-me mais”
Quer seja para conhecer mais ou melhor sobre a pessoa, outras pessoas, ou sobre qualquer assunto, esta afirmação, pergunta irá despertar a sua consideração pelo outro (aceder à sua vida, ao pensamento, aos sentimentos do outro), ouvindo-o sobre o que lhe solicitar, estabelecendo assim ligações mais ligações sólidas e duradouras.
“Conta-me mais”, ou “diz-me mais coisas sobre ti”, ou sobre o que pensas de…”, poderá ser também um cumprimento, um elogio, uma forma de comunicar que o outro diz coisas inteligentes, pertinentes, singulares.
Isto é fundamental com as crianças, para além de contribuir na sua integração familiar, escolar e social, incentiva-as a pensar, “libertando” os seus vastos recursos da sua perceção interior que ainda estão a aprender a gerir.
8. “Bem-vindo”
Todos nós somos de alguma forma condicionados a defendermo-nos do que é diferente ou do espaço que não é nosso, e dai a permanecer na nossa famosa “zona de conforto”.
Sendo até esta defesa natural, podemos através da expressão “bem-vindo”, ajudar o outro a sentir acolhido e da libertar-se do excesso de defesa (ou retração).
Ultrapassar as expressões do vulgar “olá, tudo bem?”, e começar a ter atitude de acolhimento e receptividade com o“bem-vindo”, seja na nossa mesa de café, na nossa casa, na nossa empresa ou na nossa vida é uma forma de dignificar a pessoa que recebemos e de lhe mostrar que estamos felizes com a sua chegada.
9. “Posso ajudar?”
É lamentável que muitas vezes se ensine as crianças a rirem quando veem alguém cair (pelo próprio exemplo do adulto), é até fazer da humilhação alheia forma tradicional de diversão. Perante esta cruel tendência, a expressão “posso ajudar?” poderá até parecer patética.
Parece-me que seria muito dignificante e até revolucionário incutir isto nas crianças logo desde tenra idade.
Seguramente que todos nós já passamos por situações em que alguém nos ajudou sem querer nada em troca e por uma sensação de gratificação. Pessoa há até que nem sabem receber essa ajuda gratuita!
“Posso ajudar?” para além de ser uma assunção de que também nós, por muitas vezes, inseguros e desastrados, também poderá ser uma demonstração de empatia com o outro.
10. “Desculpa!”
Esta expressão, embora muitas vezes usada, está muito banalizada e há também pessoas que sempre começam a interagir com a palavra “desculpa” como se tivessem medo de existir, o que é facto, é que raramente se usa como demonstração de um genuíno arrependimento.
O que nos impede de muitas vezes, usar a palavra “desculpa” após uma má atitude da nossa parte é o facto de nos colocarmo-nos nas mãos de alguém, sabendo que seremos julgados mas que acreditamos poder ser absolvidos.
A palavra “desculpa” dita em forma de arrependimento, corresponde como consequência a intenção de mudança de atitude, levando assim a evolução, sendo ainda uma forma acreditar que o outro confia em nós, na nossa capacidade de sermos melhores.
11. “Não”
O “Não” é sobretudo o afirmar que “merecemos respeito” e que somos dignos, mesmo que o outro fique frustrado. Muitas pessoas há com esta dificuldade, levando em demasia a vontade dos outros, não se respeitando a si própria e as suas vontades.
Isto também sucede pela forma como crescemos, querendo ser gostado e amados pelos que nos rodeavam e para isso muitas vezes escravizamos a nossa vontade em prol da dos outros.
Então para que também possamos ajudar os outros que nos rodeiam, há que desenvolver a empatia, a gentileza, a humanidade de dizer todas estas frases anteriores e dessa forma também estar apto a dizer “não” àqueles que não as têm com os outros.
12. “Obrigado/a”
Aproveito para esclarecer, que o correcto é as mulheres dizerem obrigada (feminino) e os homens dizerem obrigado (masculino).
A “Obrigado/a” é uma das mais importantes de qualquer língua, sendo também uma “moeda” de uma troca na qual ambos os lados deram algo. Podemos até resumir todas as expressões falámos anteriormente à palavra “Obrigado”.
Na sua composição, encontramos sempre sentimentos positivos, empatia, assunção da nossa fragilidade, das nossas falhas e, para além disto, a aceitação e generosidade do outro que nos recebe.
É recomendável usá-la abundantemente, em toda e qualquer situação de interação (no café, na passagem do corredor, alguém que nos dá passagem), em especial, quando o outro também precisa de aprender a usá-la. Agradecer a gentileza reforça no outro também a vontade de ser gentil.
Bem hajam.
Este é o momento certo. Aproveite a circunstância atual. Renove-se e adapte-se à vida!
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MIGUEL FERREIRA
Consultor | Formador | Advanced Master, Practitioner e Trainer em Programação Neurolinguística
Psicopedagogo, Especializado em Psicologia Clínica e da Saúde
Executive e Life Coach