Dados recentes, resultantes de vários estudos, mostram que mais de 70% dos colaboradores não se sentem envolvidos com o próprio trabalho, sendo que os funcionários que efetivamente trabalham nas empresas e vestem a camisola representam aproximadamente 30%, ou seja, 3 em 10 pessoas estão alinhadas e motivadas.
Naturalmente, esta é uma realidade difícil de aceitar e que, na maioria dos casos, se relaciona com falhas na gestão: de pessoas e equipas. Os motivos mais apontados para esta falta de motivação prendem-se com questões salariais e de liderança [problemas de liderança.] Quer isto dizer que a má gestão dos colaboradores pode transformar, silenciosamente, as equipas produtivas em equipas resignadas e passivas. De tal forma, que os funcionários acabam por se desconectar com o trabalho e/ ou com os fins da própria empresa.
Diante desta realidade, e com o objetivo de reverter este problema, mantendo a alta performance da equipa, a estratégia de “Employer Branding” é fundamental. Em termos simples, esta estratégia tem o poder de tornar cada empresa mais apetecível e atraente, sobretudo, para os melhores talentos que existem no mercado de trabalho.
A este propósito, deixamos aqui algumas sugestões que podem contribuir para alcançar o desejável envolvimento dos colaboradores:
1 – Aceitação do problema
O primeiro passo é aceitar o problema e identificar na liderança a melhor forma de o enfrentar. Isto porque são as lideranças que desempenham o papel de ativadores do sistema, sobretudo, na procura do potencial de cada pessoa, gerando impulso para encarar os desafios. Assim, e para que isto funcione, o líder deverá ter como principais valores a humildade e o altruísmo, reconhecendo a sua responsabilidade sobre as outras pessoas.
2 – Escuta ativa
“Escuta ativa” é quando o recetor da informação tem interesse total no que está a ser transmitido pelo outro. Enquanto “gestor”, o foco deve ser sempre a equipa e os insights que surgem no seio desta.
Estabelecer um propósito formal e informal de escuta ativa é, então, um aspeto fundamental, nomeadamente, através de pesquisas e feedbacks pontuais, assim como como da análise de reações diárias na execução do papel de cada um.
3 – Planeamento
As equipas que não se pautam por um bom planeamento serão sempre menos produtivas, afetando os colaboradores. Neste contexto, é necessário perceber as peculiaridades de cada elemento e perceber o que cada um faz de melhor, com o objetivo de reforçar cada posição na equipa, aumentando a efetividade.
4 – Calibragem e valorização
Ficar à espera de que os colaboradores entendam exatamente o que é esperado não é uma boa estratégia. O momento de feedback, feito de forma clara e adequada, é uma das ferramentas mais poderosas na valorização da equipa. Portanto, a periodicidade com que o mesmo ocorre pode ajudar a mudar a estratégia duma equipa, reforçando o trabalho de cada pessoa, e também os aspetos que podem ser melhorados.
5 – Pense no Employer Branding
Employer Branding, não é só mais uma palavra da era moderna. A marca empregadora é o resultado direto da satisfação dos colaboradores da empresa. Ter uma marca forte perante a concorrência e mercado de trabalho, como um todo, estimula as pessoas.
Todos estes passos contribuirão para uma equipa ainda mais motivada. Para além de permitir manter os talentos na equipa, poderá atrair os melhores colaboradores do mercado, nomeadamente, aqueles que procuram usufruir de um ambiente positivo de crescimento e oportunidades de trabalho.
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MIGUEL FERREIRA
Advanced Master, Practitioner e Trainer em Programação Neurolinguística
Psicopedagogo, Consultor Empresarial, Executive e Life Coach
