Todos temos consciência que os smarthphones se tornaram uma parte integrante da nossa vida, mas ainda não entendemos o quanto isso nos afeta diariamente.
1. Visão cada vez mais distorcida da realidade
Estudos indicam, que dos 4,48 bilhões de pessoas que usam as redes sociais, 99% acedem a esses sites ou aplicativos por meio dos telemóveis. Podemos até acreditar que estamos a fazer amigos e, por isso, permanecemos conectados indefinidamente, absorto na vida daqueles que admiramos. O que não percebemos é como isso pode afetar a mente: distorção das nossas expectativas sobre a vida e produção de sentimentos relacionados com a insatisfação e baixa autoestima.
Como corrigir: Quando se trata de projetar a vida ideal, o que se vê nas redes sociais deve ser a última coisa a levar em consideração. É fundamental limitar e desconfiar da quantidade de conteúdo aí disponibilizado.
2. Obstáculos à compreensão e capacidade de aprender
No mundo digital, a leitura a partir de um dispositivo móvel tornou-se a norma. De smartphones a laptops, todos temos acesso a uma grande quantidade de informações na ponta dos dedos, o que é conveniente e economiza tempo. No entanto, e a par dos múltiplos benefícios que revolucionaram a maneira como acedemos à informação, observa-se um crescente corpo de evidências que sugerem que a leitura num ecrã não é tão eficaz quanto a leitura impressa: menor atenção e maior distração.
Como corrigir: Quando se trata de ler e aprender, poderá valer a pena recorrer novamente ao velho livro ou ao artigo impresso.
3. A corrida de dopamina aumenta o vício
Os smartphones são criações que revolucionaram a maneira como vivemos, trabalhamos e comunicamos. No entanto, a estimulação constante que vem da verificação de notificações, redes socais ou jogos pode desencadear uma desenfreada corrida de dopamina. Esta é uma poderosa substância química do cérebro associada ao prazer, motivação e recompensa. Quanto mais dopamina libertamos, mais viciado ficamos. Nesta linha, o uso excessivo de telefones contribui para que o cérebro receba doses excessivas de dopamina, que podem ser viciantes.
Como corrigir: Interromper a corrida de dopamina, desapegando-se do uso desmesurado do telefone, permitindo-se ficar entediado.
4. Perda de concentração
Os smartphones podem fornecer um acesso instantâneo a informações, mas, ao mesmo tempo, também são uma importante fonte de distração que dificulta a capacidade de concentração. Estudos mostram que a nossa capacidade cognitiva é significativamente mais reduzida quando o smartphone está ao nosso alcance, mesmo que esteja desligado.
Como corrigir: Estabelecer hábitos saudáveis e limites em torno do uso do smartphone podem minimizar as distrações e maximizar o nosso foco e produtividade. Por exemplo, desativar as notificações durante o horário de trabalho, usar aplicativos para estabelecer horários específicos do dia para verificar as redes sociais, etc.
5. Distúrbios do sono
A maioria das pessoas não consegue ir para a cama sem passar algum tempo no smartphone. O que estas não percebem é que este vicio, durante a hora de dormir, pode arruinar enormemente o sono. A melatonina, regra geral, começa a atuar algumas horas antes do início do sono. É assim que corpo nos dá indicação que é hora de dormir. Todavia, a luz azul emitida pelo ecrã do telemóvel pode suprimir a produção desta hormona, tornando mais difícil adormecer ou a dormir tranquilamente.
Como corrigir: Estabelecer hábitos saudáveis em torno do uso do telemóvel, como por exemplo, evitar mexer no mesmo, pelo menos uma hora antes de dormir, ler um livro, ouvir música e relaxar.
6. Prejudica a conversa significativa
Este é um dos maiores problemas, pois prejudicam muito a nossa capacidade de comunicação pessoal com as pessoas mais próximas. Tal situação cria uma grande desconexão entre nós e as pessoas significativas com quem nos importamos.
Como corrigir: Estabelecer alguns limites e estar atento ao uso do telemóvel, nomeadamente, quando estivermos na companhia de amigos ou familiares. É importante envolvermo-nos em conversas cara a cara, ouvir ativamente e estarmos integralmente presentes no momento.
Vamos lá equilibrar a nossa vida.
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MIGUEL FERREIRA
Consultor | Formador | Advanced Master, Practitioner e Trainer em Programação Neurolinguística
Psicopedagogo, Especializado em Psicologia Clínica e da Saúde
Executive e Life Coach