Aproveitando o espírito de Natal, ganham relevo as nossas conexões mais profundas, aquilo que é mais importante e traz significado à vida. O Ano Novo, poderá ser um bom momento para reforçar ou estabelecer metas congruentes com aquilo que é importante e nos faça crescer. É tempo de fazer diferente, rumo à meta que tanto almejamos. Para isso, é fundamental perguntar o que fazer para que, desta vez, tudo seja diferente e os nossos desejos se realizem.
Para evitar a “síndrome do fim de janeiro” (quando se quebram os propósitos do Ano Novo), seguem 6 chaves da Programação Neurolinguística, para que possamos fazer uma boa formulação de objetivos, definindo não só aquilo que queremos realizar e um plano de ação, mas também tendo em consideração a necessidade de evitarmos resistências internas, boicotes inconscientes e consequências indesejadas. Um objetivo bem formulado está integrado e respeita todas as circunstâncias desejáveis na vida.
1 – Definir o objetivo de forma atrativa.
Como se fosse um íman, o objetivo que decidimos tornar realidade deve ser apaixonante e atraente. Para o efeito, nada melhor do que visualizar, pensar no efeito e nas consequências que este trará para a nossa vida depois de concretizado.
2 – Formular o objetivo de forma positiva.
Quando definirmos, e cada vez que estivermos a pensar ou a falar do nosso objetivo, façamo-lo de forma positiva. É necessário focarmos aquilo que queremos, evitando aquilo que não queremos. As palavras e os pensamentos criam representações internas que, por sua vez, influenciam as emoções e os comportamentos. Por exemplo, ao lermos “não pense num elefante cor-de-rosa”, a nossa mente cria a figura do elefante mencionado, combinando a informação memorizada.
Quando pensamos ou dizemos naquilo que queremos evitar, estamos a criar uma representação interna que convence e influencia a mente, as emoções e o comportamento na direção contrária.
Os pensamentos têm um poder extraordinário na criação de estados internos e na capacidade de ação. Portanto, é importante usar a nossa capacidade de raciocínio lógico para influenciar a nossa mente inconsciente, que comunica com uma linguagem mais simbólica e analógica.
3 – Visualizar o objetivo como se já estivesse concretizado.
Quando começamos a especificar o nosso objetivo, a mente começa a construir uma imagem à qual podemos adicionar os detalhes e efeitos que desejarmos. Por isso, adicionemos som e sensações e imaginemo-nos a viver essa realidade.
O nosso inconsciente interpreta esta experiência como se fosse real e como se já tivesse percorrido esse caminho. É como se o nosso objetivo se tornasse mais palpável, ao nosso alcance.
Esta estratégia envolve o sistema neuronal seguindo as suas próprias leis sistémicas. Se dissermos que queremos estabilidade financeira, sucesso profissional ou uma relação bem-sucedida, teremos de perguntar o que significa estabilidade, o que tem de acontecer para saber que alcançámos o sucesso ou o que caracteriza uma relação bem-sucedida.
Aqui é fundamental especificar o quê, onde, com quem, quando e quanto será possível construir uma representação mental, com repercussão na nossa mente inconsciente.
4 – Determinar como saberemos que o objetivo foi concretizado.
Objetivos bem formulados incluem a consciência de evidências sensoriais para avaliar se se está no caminho daquilo que programámos ou não. O que estaremos a ouvir, ver, sentir e a dizer a nós mesmos quando atingirmos a nossa meta?
Cada pessoa terá as suas próprias evidências.
5 – O nosso objetivo depende e é para nós? Ou não?
Quando os objetivos estão de acordo com os nossos mais profundos e vitais anseios, cada fibra do nosso ser irá vibrar com o planeamento e execução da meta.
No entanto, se os nossos objetivos estiverem direcionados para outra pessoa, para agradar ou fazer alguém seguir um determinado caminho, encontraremos resistências internas, como se fosse uma indignação, muitas vezes inconsciente, da parte mais genuína de nós mesmos.
6 – Verificar se o nosso objetivo é ecológico.
Um objetivo bem formulado é ecológico. Isto significa que tem em consideração todos os outros aspetos da nossa vida. Perguntemo-nos: este objetivo é congruente com aquilo que somos ou a pessoa que queremos ser?
Tudo o que fazemos afeta também outras pessoas e convém analisar todas as consequências positivas e negativas das nossas decisões. Faz parte da ecologia perguntar se o que será necessário fazer para atingir o nosso objetivo está em sintonia com os nossos valores.
Faz parte da ecologia do sistema interno, ter em conta os recursos de que já dispomos e os que será necessário prover. Este aspeto ajuda a orientar eventuais passos prévios, ou submetas, para garantir que o objetivo seja atingido com celeridade e elegância.
E se ainda não sabemos o que queremos, podemos começar por refletir e efetuar a seguinte pergunta: o que teria de acontecer na nossa vida para que nos permitíssemos sentir felizes e realizados?